terça-feira, 7 de abril de 2009

Manifesto técnico da literatura futurista (resumo)

[aos alunos do 3º ano Noturno]

[...]
1. É preciso destruir a sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem.

2. [...]. O verbo no infinitivo pode, sozinho, dar o sentido da continuidade da vida e a elasticidade da intuição.

3. Deve-se abolir o adjetivo, para que o substantivo desnudo conserve a sua cor essencial. O adjetivo, tendo em si um caráter de esbatimento, é incompatível com a nossa visão dinâmica, uma vez que supõe uma parada, uma meditação.

5. Assim como a velocidade aérea multiplicou o nosso conhecimento do mundo, a percepção por analogia torna-se sempre mais natural para o homem.

6. Abolir também a pontuação. [...] sem as paradas absurdas das vírgulas e dos pontos.

[...]

Nós inventaremos juntos aquilo que eu chamo a imaginação sem fios. Chegaremos um dia a uma arte ainda mais essencial [...].
Poetas futuristas! Eu vos ensinei a odiar as bibliotecas e os museus, preparando-vos para odiar a inteligência, despertando em vós a divina intuição, dom característico das raças latinas. Mediante a intuição, venceremos a hostilidade aparentemente irredutível que a separa a nossa carne humana do metal do motor.

(Filippo Tomaso Marinetti. Milão, 11 de maio de 1912)

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